segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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CMN Aprova Financiamento de até R$ 6 Bilhões para Aquisição de Caminhões

Linha de crédito visa modernizar a frota nacional e estimular a eficiência logística.

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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou uma nova linha de financiamento destinada à compra de caminhões, com o objetivo de renovar a frota nacional. A medida, publicada esta semana, permite operações de crédito que somam até R$ 6 bilhões, recursos que serão geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A regulamentação foi detalhada em uma reunião extraordinária do CMN na última sexta-feira (19). O foco é incentivar a substituição de veículos antigos por modelos mais eficientes e menos poluentes.

Segundo o Ministério da Fazenda, a nova linha de crédito não implicará em impacto fiscal primário. Os financiamentos são reembolsáveis e não contam com garantias da União, ficando o risco de crédito sob responsabilidade das instituições financeiras que concederem os empréstimos.

A operação do financiamento será feita indiretamente pelo BNDES, através de bancos e agentes financeiros credenciados. Os recursos combinam o limite aprovado pela medida com capital próprio do banco.

As contratações poderão ser realizadas até 30 de junho de 2026, com limite de até R$ 50 milhões para cada mutuário, dentro das condições estipuladas na resolução. O prazo máximo para pagamento é de 60 meses, com uma carência de até 6 meses, período durante o qual não haverá capitalização de juros.

A principal motivação para essa iniciativa é a elevada idade da frota de caminhões no Brasil, que acarreta custos altos de manutenção e maior consumo de combustível. A renovação da frota pode melhorar a eficiência logística e a segurança nas estradas, além de contribuir para a redução das emissões de poluentes, impactando diretamente nos custos de transporte.

O Ministério da Fazenda ressaltou que a medida é uma resposta à recente desaceleração do setor de caminhões, que enfrentou queda na produção e vendas em 2025, reflexo de um cenário econômico mais restrito. Especialistas acreditam que o acesso a crédito com prazos mais longos permitirá que empresas de transporte e produtores rurais reestruturem seus investimentos, estimulando a demanda sem comprometer o equilíbrio fiscal.