O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, passando para 12,25% ao ano. A medida, anunciada na 267ª reunião do órgão, é uma resposta às pressões inflacionárias e ao ambiente econômico global instável, especialmente em relação aos Estados Unidos.

O Copom destacou que os bancos centrais das principais economias estão focados em controlar a inflação, que continua acima das metas estabelecidas. No cenário doméstico, a economia apresenta sinais de dinamismo, conforme evidenciado pelo PIB do terceiro trimestre e pela pressão inflacionária persistente.

As expectativas de inflação para 2024 e 2025, conforme a pesquisa Focus, subiram para 4,8% e 4,6%, respectivamente. Para o segundo trimestre de 2026, a projeção do Copom é de 4,0% no cenário de referência.

O comitê também expressou preocupação com a assimetria altista nos riscos inflacionários, que incluem a possibilidade de expectativas de inflação desancoradas e uma resiliência maior na inflação de serviços. Por outro lado, os riscos de baixa mencionados são uma desaceleração econômica global mais forte do que a prevista.

O impacto das recentes decisões fiscais sobre a política monetária também foi considerado. O Copom acredita que a dinâmica inflacionária pode se tornar mais adversa, exigindo uma postura mais rigorosa na política monetária.

Os membros do Copom que votaram a favor da decisão incluem Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, e outros. A expectativa é que ajustes semelhantes possam ocorrer nas próximas reuniões, dependendo da evolução dos indicadores econômicos.