segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Copom Eleva Taxa Selic para 14,75% ao Ano

Decisão reflete a necessidade de mitigar riscos inflacionários no cenário atual

Economia2 min de leitura

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O ambiente econômico internacional continua desafiador e incerto, especialmente devido às políticas comerciais dos Estados Unidos e suas repercussões na economia global. Essa incerteza impacta a política monetária e a condução financeira em países emergentes, que devem agir com cautela diante da tensão geopolítica crescente.

No cenário nacional, os indicadores econômicos e do mercado de trabalho ainda mostram um crescimento vigoroso, embora sinais de desaceleração já sejam perceptíveis. Recentemente, a inflação total e suas medidas subjacentes permaneceram acima da meta estabelecida.

As expectativas de inflação para 2025 e 2026, conforme pesquisa Focus, se mantêm acima da meta, com projeções de 5,5% e 4,5%, respectivamente. O Copom projeta uma inflação de 3,6% para 2026 no cenário de referência.

Os riscos inflacionários, tanto de alta quanto de baixa, aumentaram. Entre os riscos de alta, destacam-se a possibilidade de expectativas de inflação desancoradas, a resiliência na inflação de serviços e a combinação de políticas econômicas que possam gerar um impacto inflacionário inesperado. Já os riscos de baixa incluem uma possível desaceleração mais acentuada da economia interna, uma desaceleração global mais intensa e a redução nos preços das commodities.

A interação entre a política fiscal e monetária, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, está afetando as expectativas dos agentes econômicos. O Comitê de Política Monetária (Copom) reconhece a necessidade de uma política monetária contracionista prolongada para garantir que a inflação se alinhe à meta.

Como resultado, o Copom decidiu aumentar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, elevando-a para 14,75% ao ano. Essa medida visa não apenas controlar a inflação, mas também suavizar as flutuações na atividade econômica e promover o pleno emprego.

Para as próximas reuniões, a incerteza elevada e o estágio avançado do ciclo de ajuste requerem uma abordagem cautelosa e flexível na política monetária, permitindo ajustes conforme novas informações sobre a inflação se tornem disponíveis.

Os membros do Comitê que votaram a favor dessa decisão incluem Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, entre outros.