segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Johnson & Johnson é condenada a indenizar US$ 40 milhões por talco associado a câncer

Decisão de júri na Califórnia determina compensação a duas mulheres afetadas pelo produto

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Johnson & Johnson é condenada a indenizar US$ 40 milhões por talco associado a câncer
Foto: Divulgação

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SÃO PAULO, SP - Um júri da Califórnia decidiu que a Johnson & Johnson deve pagar uma indenização de US$ 40 milhões a duas mulheres que alegam que o uso de talco da empresa está relacionado ao câncer de ovário. A companhia, por sua vez, anunciou que pretende recorrer da decisão.

A corte superior de Los Angeles estabeleceu que Monica Kent receberá US$ 18 milhões, enquanto Deborah Schultz e seu marido receberão US$ 22 milhões. As alegações indicam que a Johnson & Johnson tinha conhecimento dos riscos associados aos seus produtos à base de talco, mas não alertou os consumidores sobre os perigos.

Erik Haas, vice-presidente global de contencioso da Johnson & Johnson, declarou que a empresa vai "apelar imediatamente desta decisão e espera prevalecer, como geralmente acontece em casos com veredictos adversos considerados aberrantes".

Em maio de 2020, a companhia anunciou a interrupção da venda do talco Johnson's Baby nos Estados Unidos e no Canadá, citando uma reavaliação de seu portfólio de produtos em resposta à pandemia. No entanto, essa decisão foi influenciada por um número crescente de litígios relacionados à segurança do talco.

Nos processos judiciais, consumidores alegam que os produtos da empresa podem ter sido contaminados com amianto, um agente cancerígeno. Embora a Johnson & Johnson tenha afirmado em 2019 que suas análises não encontraram vestígios de amianto, testes realizados pela FDA (agência de saúde dos Estados Unidos) indicaram a presença do material em seus produtos.

Recentemente, um juiz federal em Houston rejeitou a proposta da Johnson & Johnson de um acordo de US$ 9 bilhões que visava resolver as reclamações de milhares de pessoas que alegam que os produtos da empresa causaram câncer. De acordo com o The New York Times, mais de 90 mil reivindicações contra a empresa estão pendentes, muito além da capacidade dos tribunais de processá-las individualmente.