segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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LiveBC #46: Cooperativas de crédito têm mais de 10 mil pontos de atendimento e 20 milhões de associados no Brasil

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As cooperativas de crédito estão presentes em mais de três mil municípios e são uma das principais ferramentas de inclusão financeira no Brasil. Na LiveBC realizada na última segunda-feira (20/10), o Chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não Bancárias (Desuc) do Banco Central, Adalberto Felinto da Cruz Junior, e o Chefe Adjunto, Ivens Arua Neves de Miranda, discutiram o impacto das cooperativas no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e os desafios futuros do setor. A gravação completa da conversa está disponível aqui. A 46ª edição do programa foi especialmente relevante, pois 2025 marcará o Ano Internacional das Cooperativas, conforme declarado pela ONU, além de comemorar duas décadas de atuação do Desuc. Os especialistas destacaram que o setor de cooperativas faz parte da "agenda positiva que o Banco Central vem promovendo", conforme a Agenda BC#. Ivens Miranda observou que o cooperativismo está alinhado à missão do BC e à sua performance nos últimos anos. Durante o programa, foi ressaltado o crescimento acelerado das cooperativas em comparação ao sistema financeiro tradicional, além do seu papel no desenvolvimento regional, especialmente em áreas com pouca presença de bancos. "Enquanto o sistema financeiro convencional diminui o número de agências, as cooperativas estão expandindo suas operações, com cerca de quinhentos municípios no Brasil que não possuem instituições bancárias tradicionais, apenas cooperativas", afirmou Adalberto Felinto. **Crescimento e Resiliência** Recentemente, o BC divulgou o Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, que mostrou que o setor de cooperativas cresceu quase o dobro em comparação ao sistema financeiro convencional. "No ano passado, o SNCC registrou um crescimento de 21% em ativos totais, enquanto o sistema financeiro nacional teve um aumento de apenas 13%", complementou Miranda. Felinto sublinhou que as cooperativas preenchem uma lacuna ao priorizar a solidariedade e o atendimento às comunidades. Com mais de 10 mil postos de atendimento e 20 milhões de cooperados em todo o país, esse número tende a aumentar devido ao papel inclusivo das cooperativas. Miranda destacou que o modelo de negócio democrático requer proximidade com os cooperados para entender suas necessidades. Os representantes lembraram que o cooperativismo se destaca especialmente em momentos de crise, mantendo-se ativo na concessão de crédito quando o sistema financeiro tradicional se torna mais restritivo. "O cooperado não é apenas um cliente, ele é um dono. Existe uma relação de proximidade entre a cooperativa e o cooperado, e, em tempos de necessidade, as cooperativas intensificam sua atenção", explicou Felinto. Essa proximidade fomenta a confiança e fortalece a governança democrática, permitindo que os lucros sejam reinvestidos na comunidade. **Inclusão e Desenvolvimento Regional** Felinto e Miranda também discutiram a importância das cooperativas na inclusão financeira, especialmente em áreas desassistidas pelo sistema bancário. A atuação cooperativa gera efeitos positivos, como a oferta de crédito mais acessível e a distribuição de sobras entre os cooperados, proporcionando um benefício financeiro adicional. Além de atuar no âmbito financeiro, as cooperativas também promovem inclusão social, sendo responsáveis por manter escolas e serviços de saúde em diversas localidades. "Estudos do Sebrae mostram que municípios que