Inovador armazenamento com cristal de memória 5D pode durar até o fim do universo
SPhotonix apresenta tecnologia de armazenamento de longa duração com capacidade impressionante.

A SPhotonix revelou seu novo cristal de memória 5D, um meio de armazenamento que prioriza a longevidade extrema em vez da conveniência cotidiana.
A tecnologia utiliza vidro de sílica fundida gravado com lasers de femtosegundo, codificando informações em estruturas microscópicas que alteram a polarização da luz.
Essas estruturas armazenam dados usando três coordenadas espaciais, além de orientação e intensidade, formando um método de codificação 5D.
Codificação de dados 5D
A empresa afirma que a estabilidade do armazenamento é garantida mesmo sob altas temperaturas, com uma expectativa de vida que se aproxima da idade do universo.
Segundo a SPhotonix, um único disco de vidro de cinco polegadas pode armazenar até 360 TB.
O cristal de memória 5D é descrito como um meio de armazenamento em sílica fundida, projetado para períodos de retenção extremamente longos. Os dados são gravados usando um laser de femtosegundo, formando voxels em escala nanométrica, cuja posição, orientação e intensidade codificam informações em cinco dimensões.
Com temperaturas de até 190°C, os dados supostamente permanecem intactos por 13,8 bilhões de anos, um número vinculado a estimativas cosmológicas, não a evidências operacionais.
Outros meios de armazenamento de longo prazo incluem discos ópticos com expectativa de vida de 5 a 100 anos, enquanto o M-DISC anuncia uma durabilidade de 1.000 anos; no entanto, essa afirmação não pode ser verificada por ninguém vivo atualmente.
Os protótipos atuais do cristal de memória 5D alcançam velocidades de escrita em torno de 4 MB/s e de leitura de aproximadamente 30 MB/s. Embora esses números fiquem abaixo dos sistemas de arquivamento existentes, a SPhotonix possui um cronograma que visa atingir velocidades de leitura e gravação sustentadas de 500 MB/s dentro de três a quatro anos.
Essa melhoria aproximaria o desempenho dos arquivos baseados em fita, embora a empresa não tenha demonstrado essas velocidades fora de condições controladas. As expectativas de latência de acesso permanecem modestas, com tempos de recuperação de 10 segundos ou mais considerados aceitáveis.
A SPhotonix posiciona sua tecnologia para casos de uso de dados frios, diferenciando-se do armazenamento quente, que exige tempos de resposta abaixo de 5ms, geralmente gerenciados por hardware SSD. As camadas mornas e frias operam entre 20 ms e um segundo, apoiando aplicações como streaming e acesso a documentos.
A empresa cita projeções que indicam que, até 2028, a geração global de dados pode atingir 394 trilhões de zettabytes anualmente, com 60 a 80% classificados como dados frios.
Esse foco justifica sua integração com centros de dados, em vez de armazenamento em nuvem para consumidores. As estimativas de preços iniciais para o sistema colocam o escritor em cerca de US$ 30.000 e o leitor próximo a US$ 6.000. Um leitor portátil deve estar disponível em aproximadamente 18 meses.
A SPhotonix já arrecadou US$ 4,5 milhões até o momento e está trabalhando para avançar sua tecnologia do Nível de Prontidão Tecnológica 5 para o Nível 6. Essa trans