segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Bolsa brasileira atinge novo recorde, enquanto dólar registra queda após decisão do Copom

Investidores reagem à manutenção da Selic em 15% ao ano pelo Banco Central

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Bolsa brasileira atinge novo recorde, enquanto dólar registra queda após decisão do Copom
Foto: Divulgação

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SÃO PAULO, SP - A Bolsa de Valores brasileira fechou em alta nesta quinta-feira (6), atingindo a marca histórica de 153.339 pontos, com um leve acréscimo de 0,02%. Durante o pregão, o principal índice da B3, o Ibovespa, superou pela primeira vez os 154 mil pontos, alcançando 154.352 pontos, embora tenha perdido parte do ímpeto ao longo da tarde. Este é o 12º pregão consecutivo de valorização.

O dólar, por sua vez, caiu 0,23% e foi cotado a R$ 5,348. Esse movimento de desvalorização da moeda americana também foi sentido no exterior, com o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas, recuando 0,47%, para 99,70 pontos.

Em um dia sem grandes novidades na agenda econômica, os investidores analisaram a recente decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 15% ao ano, uma decisão que se repete pela terceira vez consecutiva. Apesar das pressões do governo de Luiz Inácio Lula da Silva por cortes, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por um discurso conservador, indicando que a taxa deve permanecer nesse nível por um 'período bastante prolongado'.

O comunicado do Copom gerou expectativas entre analistas, que já previam essa decisão. Entretanto, a incerteza sobre futuros cortes de juros persiste. O economista Ian Lopes, da Valor Investimentos, destacou que a sinalização do Copom indica que cortes não ocorrerão tão cedo, enquanto Marcos Praça, da Zero Markets Brasil, classificou a comunicação como neutra, sem espaço para interpretações. Leonel Mattos, da StoneX, também acredita que, embora haja sinais de desaceleração da inflação, o corte de juros deve ficar para janeiro de 2026.

Enquanto isso, investidores estavam atentos a dados do mercado de trabalho norte-americano. A empresa Challenger, Gray & Christmas reportou que as demissões em massa nos EUA aumentaram em outubro, atingindo o maior número em 22 anos para o mês. Em contraste, um relatório da ADP revelou a criação de 42 mil novas vagas de trabalho no setor privado, superando a expectativa de 28 mil.

Com a suspensão da divulgação de dados econômicos oficiais devido à paralisação do governo americano, o Federal Reserve se vê em uma situação delicada para definir suas políticas monetárias. Recentemente, o Fed também reduziu sua taxa de juros em mais 0,25 ponto percentual, levando-a para uma faixa entre 3,75% e 4%.