No dia 11 de novembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) destacou que a taxa Selic, atualmente em 15%, é adequada para assegurar que a inflação convirja para a meta, desde que essa taxa seja mantida por um período prolongado. Segundo a ata da reunião, essa estratégia é suficiente para garantir a estabilidade dos preços.

O Copom observou uma mudança em sua comunicação, já que anteriormente, até a reunião de setembro, o colegiado estava avaliando se a manutenção da taxa seria suficiente. Agora, reafirma que a Selic a 15% é compatível com a convergência da inflação ao longo do tempo.

Embora a decisão tenha sido tomada, o comitê continua cauteloso, ressaltando que está atento à situação econômica e que ajustes na política monetária poderão ser feitos se necessário. Em sua avaliação, o cenário atual é marcado por incertezas elevadas, o que demanda uma condução cuidadosa da política monetária.

A previsão de inflação acumulada em 12 meses para 2025 é de 4,6%, para 2026 de 3,6% e para o segundo trimestre de 2027, 3,3%, todas acima do centro da meta estabelecida em 3,0%. A projeção considera uma desaceleração significativa dos preços livres e administrados ao longo dos próximos anos.

Além disso, o Copom incorporou uma estimativa preliminar sobre o impacto da ampliação da isenção do Imposto de Renda, considerando-a incerta e se comprometendo a monitorar os dados para calibrar seus efeitos.

O cenário externo também foi abordado, com o Copom destacando as incertezas relacionadas à política monetária do Federal Reserve dos Estados Unidos e as negociações comerciais entre Brasil e EUA, que dificultam a avaliação da conjuntura atual.