segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Dólar em queda e Bolsa chega a 155 mil pontos com esperança de fim da paralisação nos EUA

Mercados reagem positivamente à proposta que visa reabertura do governo americano.

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Dólar em queda e Bolsa chega a 155 mil pontos com esperança de fim da paralisação nos EUA
Foto: Divulgação

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SÃO PAULO, SP - O dólar apresentou queda nesta segunda-feira (10), à medida que investidores observaram a possibilidade de um desfecho para a paralisação do governo dos Estados Unidos.

No domingo, o Senado americano avançou com um projeto que visa financiar a máquina pública até o final de janeiro. Caso seja aprovado, o projeto ainda precisa passar pela Câmara dos Representantes e ser sancionado pelo presidente Donald Trump, processo que pode levar alguns dias.

A expectativa em torno do fim do shutdown, que já dura um período histórico, trouxe otimismo aos mercados, aumentando o apetite por risco dos investidores. O dólar recuou 0,33%, cotado a R$ 5,317 por volta das 14h19.

Em contrapartida, a Bolsa de Valores registrou uma alta de 0,55%, atingindo 154.924 pontos, caminhando para renovar seu recorde histórico pela 11ª vez consecutiva. Durante o pregão, o índice chegou a 155.601 pontos, alcançando pela primeira vez a marca de 155 mil pontos.

A votação do Senado foi impulsionada por uma série de senadores democratas que romperam com o bloqueio do partido, possibilitando que a proposta avançasse. A votação, que resultou em 60 votos favoráveis e 40 contrários, agora segue para ser debatida no plenário do Senado, antes de ser encaminhada para a Câmara, que se encontra em recesso sem data definida para retorno.

A normalização dos serviços governamentais é vista como essencial, uma vez que a falta de financiamento afetou centenas de milhares de servidores, assim como a divulgação de dados econômicos importantes que impactam as decisões do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.

Com o encerramento do shutdown, a incerteza em relação à economia americana pode ser reduzida, impulsionando os mercados globais, incluindo o Brasil. Contudo, o sócio e estrategista de renda variável da Manchester, Marco Ribeiro Noernberg, alerta que o desafio será manter o bom desempenho da Bolsa, que já renovou recordes em 10 pregões consecutivos.

A agenda da semana inclui a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça-feira, além dos dados de inflação medidos pelo IPCA. Ambos os eventos podem influenciar a expectativa de cortes na taxa de juros.

No mercado de câmbio, a diferença nas taxas de juros entre Brasil e Estados Unidos favorece o real. Com a queda nas taxas americanas e a Selic em patamares elevados, investidores tendem a utilizar o diferencial de juros para estratégias de investimento que favorecem a moeda brasileira.