A Enel São Paulo anunciou, em reunião pública realizada na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira, 4, uma redução de 90% nas interrupções no fornecimento de energia que ultrapassam 24 horas, considerando o período de novembro de 2023 até outubro de 2025. A companhia destacou a implementação de ações "concretas e mensuráveis", que vão desde o aumento do número de equipes até a realização de podas de árvores que afetam a fiação elétrica.

Durante a manhã, a diretoria da Aneel iniciou a avaliação do termo de intimação de 2024, que investiga possíveis "falhas e transgressões à legislação" relacionadas à atuação da Enel SP. A empresa mencionou melhorias significativas, como a mobilização de equipes em até 24 horas durante situações de emergência e indicadores de ocorrências emergenciais.

A conclusão da análise da Aneel é crucial para que a agência possa avançar com o pedido de renovação da concessão da distribuidora em São Paulo.

A diretora da Aneel, Agnes de Aragão da Costa, expressou "surpresa quanto à postura" da Enel, ressaltando a resistência da empresa em admitir as "deficiências que resultaram em desempenho insatisfatório em situações emergenciais". Ela também observou uma "flagrante ausência" de evolução da Enel SP em 2024.

Embora a votação ainda não tenha sido finalizada, a tendência é que a análise se estenda até março de 2026. Durante a discussão, Agnes de Aragão da Costa, relatora do caso, reconheceu que a Enel SP tem mostrado "evolução concreta" em relação aos itens abordados no termo de intimação, sinalizando "avanços estruturais relevantes".

No entanto, mesmo com essas melhorias, a diretora enfatizou que a empresa ainda apresenta desempenho abaixo da média de outras distribuidoras do Estado, tanto no Tempo Médio de Atendimento às Ocorrências Emergenciais (TMAE) quanto nas interrupções de longa duração. O processo permanece em discussão.