segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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FGV revela que 70,1% dos trabalhadores conseguem pagar contas essenciais

Estudo aponta melhora na percepção de renda entre brasileiros nos últimos meses

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FGV revela que 70,1% dos trabalhadores conseguem pagar contas essenciais
Foto: Divulgação

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Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) revela que 70,1% dos trabalhadores afirmam estar conseguindo quitar suas contas essenciais nos últimos três meses. Essa porcentagem inclui despesas com moradia, alimentação, educação e saúde.

De acordo com a FGV, este é o melhor resultado registrado nas cinco edições da pesquisa até o momento. O aquecimento do mercado de trabalho é apontado como um fator que contribuiu para esse cenário positivo.

Rodolpho Tobler, economista do Ibre/FGV, comentou que "a evolução positiva do mercado de trabalho nos meses recentes não apenas indicou uma melhora na criação de empregos, mas também um aumento na renda média. Essa elevação salarial parece refletir na percepção da população sobre sua renda, mostrando que uma ampla maioria está conseguindo arcar com suas despesas essenciais".

Quando questionados sobre quais despesas mais impactam o orçamento familiar, 73,9% dos entrevistados destacaram a alimentação como a principal, seguida por aluguel ou financiamento da moradia (43,1%) e contas de serviços públicos (41,2%). Despesas com saúde foram mencionadas por 31,9% dos respondentes, enquanto 21,0% citaram dívidas.

Tobler ainda ressaltou que "o peso da alimentação nas despesas chama atenção, e a recente diminuição da pressão inflacionária pode ter contribuído para uma percepção mais positiva sobre a renda. Contudo, é importante notar que mais de 20% das pessoas apontam dívidas como uma despesa relevante. Para os próximos meses, com a expectativa de desaceleração econômica e no mercado de trabalho, não se espera que a percepção sobre a renda continue a melhorar como observado até agora".

A pesquisa também indicou um leve aumento na satisfação dos trabalhadores com seus empregos: a fatia de pessoas muito satisfeitas cresceu de 14,1% em setembro para 14,3% em outubro, enquanto os satisfeitos subiram de 62,2% para 62,6%, e os insatisfeitos caíram de 6,8% para 6,1%.