Trabalhadores, aposentados e pensionistas do INSS, assim como servidores públicos que recebem até R$ 5.000, estarão isentos do Imposto de Renda a partir de 2026, conforme decisão do Senado nesta quarta-feira (5). Essa nova legislação ainda precisa da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A proposta institui um desconto progressivo do IR para salários entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350. Para aqueles que recebem acima desse limite, não haverá alteração nas normas atuais.

Segundo levantamentos da Contabilizei, uma pessoa com salário de R$ 5.000, sem dependentes, deixará de pagar R$ 312,89 em impostos mensalmente. A quantia de imposto diminuirá gradativamente, chegando a R$ 19,98 para rendimentos de R$ 7.200. Os cálculos consideram salários que vão desde o mínimo de R$ 1.518 até R$ 50 mil.

Atualmente, não há descontos de IR para quem ganha até dois salários mínimos, que totaliza R$ 3.036 mensais. A isenção oficial na tabela é de R$ 2.428,80, mas a Receita Federal aplica um desconto-padrão de R$ 607,20, que elimina o IR para esses contribuintes.

Além do IR, trabalhadores também precisam contribuir com o INSS, com desconto direto de seus salários mensais, caso tenham carteira assinada sob a CLT.

As empresas devem calcular o desconto do IR considerando qual modelo é mais vantajoso: a tabela completa, que inclui INSS e dependentes, ou a versão simplificada, que desconta R$ 607,20 da base de cálculo.