SÃO PAULO, SP - O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aprovou um aumento nos valores máximos dos imóveis que podem ser financiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida, especificamente para as faixas 1 e 2, que atendem famílias de menor renda. Essa mudança não impacta o subsídio oferecido diretamente às famílias, mas amplia as opções de imóveis disponíveis para financiamento.

O novo limite para o financiamento subiu para até R$ 275 mil, com variações dependendo da localidade. Atualmente, o teto estava fixado em R$ 264 mil para famílias com renda familiar bruta de até R$ 4.700 mensais.

Os novos limites são:

• Municípios com mais de 750 mil habitantes: de R$ 264 mil para R$ 275 mil
• Municípios entre 300 mil e 750 mil habitantes: de R$ 250 mil para R$ 270 mil
• Municípios entre 100 mil e 300 mil habitantes: de R$ 230 mil para R$ 245 mil

De acordo com informações do Ministério das Cidades, o reajuste foi motivado pela diminuição nas contratações na faixa 1, especialmente na região Norte do Brasil. A expectativa do governo é que, com essa atualização, aumente o interesse de construtoras e incorporadoras nas faixas mais baixas do programa, ajudando a equilibrar os custos elevados da construção civil.

O Conselho Curador, que inclui representantes do governo, trabalhadores e empregadores, também aprovou um orçamento de R$ 160,5 bilhões para empréstimos habitacionais e projetos de saneamento em 2026, um aumento de 5,4% em relação ao ano anterior, com R$ 144,6 bilhões destinados à habitação.

O governo federal espera que, com essas mudanças, o Minha Casa, Minha Vida possa alcançar a meta de 3 milhões de unidades contratadas até o final do mandato atual, superando a meta inicial de 2 milhões de unidades em quatro anos.