segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Arthur Lira se destaca ao lado de Lula em ato de sanção do IR

Ex-presidente da Câmara se posiciona como possível interlocutor do governo em meio a tensões com a cúpula do Legislativo

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Arthur Lira se destaca ao lado de Lula em ato de sanção do IR
Foto: Divulgação

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BRASÍLIA, DF - Durante a cerimônia de sanção da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, ocorrida nesta quarta-feira (26), o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mostrou-se como um dos principais aliados do governo Lula (PT) no Congresso. O evento, considerado um marco da gestão Lula 3, também evidenciou a tensão entre Lira e o atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Embora Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), tenham sido convidados, ambos não compareceram, o que sinaliza descontentamento com o governo. Lira, que foi relator da proposta na Câmara, discursou e elogiou a ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), ressaltando a importância do diálogo.

Após a cerimônia, aliados de Lula avaliaram que Lira se fortaleceu como interlocutor do Palácio do Planalto, especialmente em um momento de descontentamento com Motta, que rompendo com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), também expressou insatisfação com a falta de cumprimento de acordos por parte do governo. Interlocutores de Motta alegam que a ausência do presidente da Câmara não foi um fator negativo, uma vez que ele já havia comunicado sua decisão a Lira antes do evento.

Lira, em seu discurso, destacou a relação institucional que teve com Lula nos últimos dois anos e enfatizou a importância da aprovação da isenção do IR, um compromisso de campanha do presidente. Ele afirmou que a unanimidade na votação demonstra a vitória do governo e a necessidade de diálogo contínuo entre os poderes.

Em um contexto em que a legitimidade de Motta é questionada, a postura de Lira foi vista como positiva por alguns parlamentares governistas, que acreditam que mais interlocutores podem facilitar a relação com o Congresso. No entanto, um aliado de Motta alertou que, se o governo favorecer Lira em detrimento do atual presidente da Câmara, isso poderá deteriorar a relação com a cúpula da Casa.