Jair Bolsonaro precisa de cirurgia urgente para tratar hérnia inguinal
Defesa do ex-presidente afirma que procedimento é necessário para correção de hérnia inguinal bilateral e outras intervenções

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisa passar por uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral, condição que exige atenção médica imediata. Segundo Diego Adão, professor de cirurgia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), esse tipo de procedimento é bastante comum e tem uma taxa de sucesso elevada.
A hérnia inguinal ocorre quando os tecidos na região da virilha se tornam frágeis com o passar do tempo, permitindo que o intestino se projete para fora do abdômen. No caso de Bolsonaro, o problema afeta ambos os lados da virilha, caracterizando uma hérnia bilateral.
Os fatores de risco para essa condição incluem idade avançada, histórico familiar, tabagismo, desnutrição e constipação intestinal. O ex-presidente, que já passou por diversas cirurgias, pode ter músculos mais fracos na região, facilitando o aparecimento da hérnia.
Existem duas técnicas principais para a correção: a cirurgia tradicional, chamada de Lichtenstein, e a técnica laparoscópica. A primeira envolve a colocação de uma tela de polipropileno sobre a área afetada, enquanto a segunda insere a tela por dentro do abdômen, geralmente resultando em uma recuperação mais rápida. Entretanto, devido a complicações anteriores em sua saúde, a abordagem laparoscópica pode não ser a mais indicada para Bolsonaro.
A cirurgia é considerada eletiva quando realizada em fase sintomática não complicada, onde o paciente apresenta dores e desconforto, mas não uma emergência. Caso o intestino fique preso na hérnia, pode haver a necessidade de uma intervenção de urgência.
Embora a recidiva da hérnia possa ocorrer em 2% a 5% dos casos, a taxa de sucesso das cirurgias é superior a 90%. A dor crônica, que pode afetar alguns pacientes, é uma complicação possível. No geral, a maioria dos pacientes retoma suas atividades normais em cerca de um mês após a operação.
Além da cirurgia, os peritos sugeriram um bloqueio do nervo frênico para tratar os soluços persistentes do ex-presidente, que ocorrem quando o nervo que controla o diafragma fica inflamado.