O general Augusto Heleno comunicou ao Exército que foi diagnosticado com Alzheimer em 2018. A informação foi divulgada durante um exame médico realizado no Comando Militar do Planalto, em Brasília, após sua prisão na terça-feira, 25, para cumprir a condenação relacionada à tentativa de golpe de Estado.

O exame de corpo de delito é um procedimento habitual para avaliar a saúde de presos antes de sua entrada no sistema penitenciário. Heleno revelou que o diagnóstico ocorreu após episódios de perda de memória. Apesar da condição, o general exerceu a função de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que prejudica a memória e, em estágios avançados, pode afetar funções essenciais como locomoção e fala. Aos 78 anos, Augusto Heleno foi condenado a 21 anos de prisão em regime inicial fechado. Por ser um militar, ele tem a possibilidade de cumprir a pena em uma instalação do Exército. A execução da pena foi determinada nesta terça-feira pela Primeira Turma do STF.

Jair Bolsonaro também foi condenado pelo STF em 11 de setembro, por liderar uma tentativa de golpe de Estado, junto com aliados e membros das Forças Armadas. A condenação resulta em pena inicial fechada, já que é superior a oito anos de prisão.