segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Carmén Lúcia defende luta diária pela democracia e critica autoritarismos

Ministra do STF compara ditaduras a ervas daninhas que precisam ser eliminadas para proteger a sociedade.

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Carmén Lúcia defende luta diária pela democracia e critica autoritarismos
Foto: Divulgação

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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmén Lúcia, fez um alerta sobre a importância da defesa da democracia em um evento literário no Rio de Janeiro, realizado no último sábado (29). Durante sua fala, ela destacou que a sociedade deve se mobilizar diariamente contra iniciativas autoritárias, comparando as ditaduras a ervas daninhas que devem ser cortadas e cuidadas para que não voltem a ameaçar o país.

A declaração da ministra ocorre após o STF determinar o início do cumprimento das penas para os condenados no chamado Núcleo 1 da tentativa de golpe de estado, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos. Carmén Lúcia enfatizou que regimes de exceção surgem de forma inesperada e podem causar danos significativos ao ecossistema democrático.

“A erva daninha da ditadura, quando não é cuidada e retirada, toma conta do ambiente. Ela surge do nada. Para fazermos florescer a democracia, é necessário trabalhar por ela todos os dias”, afirmou. A ministra também ressaltou que a democracia é uma experiência que deve ser escolhida e construída continuamente.

Carmén Lúcia lembrou os documentos que revelaram planos golpistas, citando que a primeira vítima de uma ditadura é a Constituição. Ela respondeu a questionamentos sobre a tentativa de golpe, dizendo que, caso tivesse ocorrido, não estaria presente para julgar os envolvidos.

O evento, intitulado Literatura e Democracia, faz parte da 1ª Festa Literária da Fundação Casa de Rui Barbosa (FliRui), que termina neste domingo e contará com a participação de escritores indígenas renomados, como Daniel Munduruku e Márcia Kambeba. Durante sua participação, a ministra destacou a relevância de discutir democracia em espaços culturais, permitindo uma maior interação com a sociedade.

Carmén Lúcia finalizou sua fala ressaltando o papel histórico da Casa de Rui Barbosa na luta pela democracia, lembrando a trajetória de Rui Barbosa, um defensor dos direitos fundamentais que enfrentou perseguições e exílio. “Abrir este espaço ao público é um gesto de compromisso social e institucional com a democracia brasileira”, concluiu.