BRASÍLIA, DF - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado foi instalada no Senado nesta terça-feira (4), com a aprovação de convites para ouvir governadores, incluindo Cláudio Castro (RJ) e Tarcísio de Freitas (SP), além dos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e José Mucio (Defesa) do governo Lula.

O relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), foi o responsável pelo pedido que originou a comissão e apresentou um total de 38 convites. A CPI será presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), o que traz alívio ao governo federal, que temia que a comissão sob controle da oposição pudesse gerar um desgaste político maior para a gestão atual.

O resultado da eleição para a presidência da CPI foi de 6 a 5, com Hamilton Mourão (Republicanos-RS) assumindo a vice-presidência. A composição da comissão conta com 11 membros titulares e 7 suplentes. Entre os titulares estão Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES) e outros senadores de diversos partidos.

Fabiano Contarato declarou: "Não permitirei que o debate sobre segurança pública seja sequestrado por discursos fáceis e populistas. O combate ao crime organizado exige seriedade e inteligência, não pirotecnia". Durante a instalação, o relator também apresentou um plano de trabalho dividido em eixos temáticos, que incluirá temas como domínio territorial, lavagem de dinheiro, sistema prisional e corrupção.

Além dos governadores e ministros, a CPI também convidou especialistas em segurança pública, jornalistas investigativos e diretores de órgãos de segurança. O trabalho da comissão busca entender e propor soluções frente ao avanço do crime organizado no Brasil.