segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Defesa de Bolsonaro alega confusão mental e solicita prisão domiciliar

Advogados argumentam que não houve tentativa de fuga e que ex-presidente apresentou confusão devido a efeitos colaterais de medicamento.

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Defesa de Bolsonaro alega confusão mental e solicita prisão domiciliar
Foto: Divulgação

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A defesa de Jair Bolsonaro, composta pelos advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser, argumenta que o incidente envolvendo a tornozeleira eletrônica não caracteriza uma tentativa de fuga. Eles afirmam que os registros da Secretaria de Administração Penitenciária não indicam qualquer ação nesse sentido. A defesa defende que o comportamento do ex-presidente foi resultado de confusão mental, associada ao uso de medicamentos e ao estresse elevado que enfrenta.

A solicitação foi feita após o ministro Alexandre de Moraes exigir esclarecimentos em 24 horas sobre o incidente com a tornozeleira. No último sábado, Moraes determinou a prisão preventiva de Bolsonaro, considerando o risco de fuga.

Após o envio das explicações ao STF, os advogados solicitaram que o ministro reavalie a decisão e considere o pedido de prisão domiciliar humanitária para o ex-presidente.

Na manhã deste domingo, 23, os médicos Leandro Echenique (cardiologista) e Claudio Birolini (cirurgião geral) realizaram uma visita a Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Em relatório enviado ao Supremo, afirmaram que o ex-presidente estava estável e que, na sexta-feira, 21, havia apresentado episódios de confusão mental e alucinações. Segundo os médicos, esses sintomas podem ter sido causados pelo uso de Pregabalina, um medicamento que foi prescrito sem o conhecimento da equipe médica que o acompanha regularmente.

O uso da Pregabalina, que apresenta interação significativa com outros medicamentos que Bolsonaro já utiliza, pode resultar em efeitos como desorientação, sonolência, perda de equilíbrio e alterações cognitivas. Após identificar a origem dos sintomas, a equipe médica suspendeu o uso do medicamento e ajustou o tratamento, afirmando que Bolsonaro não apresentou novos episódios e que seguirá sob monitoramento clínico com reavaliações periódicas.

Após a audiência, uma juíza auxiliar do STF validou e manteve a prisão preventiva de Bolsonaro. A ata da audiência registra que o ex-presidente mencionou que a paranoia se deveu ao uso de medicamentos prescritos por diferentes médicos que interagiram de maneira inadequada (Pregabalina e Sertralina).