segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Estratégias do PL para a Campanha Sem Bolsonaro Incluem Bonecos de Papelão e IA

Com ex-presidente preso, partido busca alternativas para manter apoio nas eleições de 2024.

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Estratégias do PL para a Campanha Sem Bolsonaro Incluem Bonecos de Papelão e IA
Foto: Divulgação

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SÃO PAULO, SP E BRASÍLIA, DF - Com a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL está elaborando estratégias para lidar com sua ausência nas eleições do próximo ano. As táticas incluem o uso de bonecos de papelão do ex-presidente em eventos e a proposta de utilizar inteligência artificial para simular seu apoio a candidatos da legenda.

A ideia de empregar IA para criar conteúdos com a imagem de Bolsonaro foi apresentada pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto, mas enfrenta resistência interna. Alguns membros do PL temem que isso permita que candidatos não apoiados oficialmente pelo ex-presidente se beneficiem eleitoralmente.

Juliano Maranhão, professor de Direito da USP, afirma que a utilização de IA é aceitável, desde que fique claro que o conteúdo é gerado artificialmente. Ele alerta que a impressão de que Bolsonaro está em liberdade poderia acarretar problemas legais.

Após a prisão, alguns aliados do ex-presidente já compartilharam montagens com sua imagem para demonstrar apoio. O vice-prefeito de São Paulo, coronel Mello Araújo, por exemplo, fez uso dessas montagens como forma de endosse.

Em eventos do PL, a presença de bonecos de papelão de Bolsonaro se intensificou desde sua detenção, com destaque para uma vigília em que o senador Flávio Bolsonaro discursou ao lado de um boneco em tamanho real do pai.

Os deputados do PL acreditam que a maior parte dos candidatos que sofrerá com a ausência de Bolsonaro são aqueles que não têm uma base eleitoral sólida, especialmente os que dependem do voto ideológico.

Embora figuras como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Nikolas Ferreira possam atuar como cabo eleitorais, ambos estarão focados em suas próprias campanhas no próximo ano, o que limita sua disponibilidade para apoiar outros candidatos.

Aliados de Bolsonaro têm expressado preocupações sobre a dificuldade de uma campanha eleitoral na direita, especialmente com a narrativa de que o ex-presidente é alvo de uma perseguição política.

Além disso, a proximidade de alguns candidatos com Bolsonaro pode gerar rejeição. A análise interna sugere que o governador Tarcísio de Freitas poderia ser visto como uma continuidade do bolsonarismo, enquanto Flávio Bolsonaro pode carregar mais rejeição nas eleições.