O assessor Rui Bulhões, que atuava como chefe de gabinete do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi exonerado do cargo nesta terça-feira (16) pelo presidente em exercício da Casa, Guilherme Delaroli (PL). A exoneração foi oficializada em uma edição extra do Diário Oficial da Alerj.

Bulhões foi um dos alvos da segunda fase da Operação Unha e Carne, realizada hoje pela Polícia Federal (PF) sob a ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Essa operação resultou na prisão do desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), Macário Ramos Júdice Neto.

A residência de Bulhões foi alvo de uma operação de busca e apreensão, assim como a de Rodrigo Bacellar. A PF investiga se Neto vazou informações sigilosas a Bacellar sobre a operação que levou à prisão do ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, que também foi detido sob a alegação de ligação com atividades criminosas.

O superintendente da PF no Rio de Janeiro, Fábio Galvão, informou que TH Joias será transferido para um presídio federal, conforme determinação de Moraes, enquanto as investigações prosseguem. TH Joias, que já foi preso anteriormente, enfrenta acusações de tráfico, lavagem de dinheiro e corrupção.

No início de dezembro, o STF determinou a prisão de Bacellar, que foi mantido na detenção por cinco dias, mas a Alerj revogou a prisão, permitindo sua soltura. No dia seguinte, Bacellar pediu licença do cargo. Em função da decisão de Moraes, ele deve usar tornozeleira eletrônica e respeitar diversas restrições, incluindo o afastamento da presidência da Alerj.