O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem se posicionado como a principal figura de apoio a Jair Bolsonaro (PL) nos últimos meses, adotando uma postura mais contundente em defesa de seu pai e criticando severamente o Supremo Tribunal Federal (STF). Esse movimento aumentou as especulações entre aliados sobre a possibilidade de Flávio ser o escolhido para suceder Bolsonaro no Palácio do Planalto, embora o futuro político continue incerto.

A análise, considerada por alguns como um receio, sugere que o ex-presidente confia mais em seus filhos e acredita que seria justo manter a herança eleitoral dentro da família, fazendo de Flávio o candidato mais viável. Aliados relatam que Bolsonaro tem se mostrado reticente em relação a outros nomes, incluindo governadores e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que, segundo ele, disputará uma vaga no Senado pelo Distrito Federal.

Entretanto, o ex-presidente também emite sinais contraditórios. Com a restrição de contato devido à sua prisão domiciliar, Bolsonaro já teria expressado que não deseja que sua família ocupe cargos no Executivo, considerando que esses estariam mais vulneráveis a perseguições judiciais.

Vale lembrar que Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, em recente decisão unânime, a Primeira Turma do STF rejeitou recursos da defesa no caso de condenação por envolvimento em uma trama golpista, o que pode impedir sua candidatura até 2062. Esse cenário aumenta a pressão por uma definição sobre as candidaturas de 2026.

No início do ano, havia expectativa de que Bolsonaro revelasse seu sucessor caso fosse preso, permitindo que os partidos de direita se preparassem para a próxima eleição. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), continua sendo o nome mais cogitado.

Embora Flávio insista em sua candidatura à reeleição no Senado, seu nome permanece em destaque nas especulações sobre a presidência. Desde a prisão domiciliar de Bolsonaro em agosto, novos nomes têm surgido, mas Tarcísio, que se diz candidato à reeleição em São Paulo, parece ter se desanimado quanto a uma candidatura à presidência.

Bolsonaro afirmou que ainda não é o momento para escolher um sucessor e que qualquer decisão será tomada mais adiante. No entanto, há quem acredite que Tarcísio será o escolhido, com um possível anúncio a ser feito no próximo ano, antes da janela partidária.

Enquanto isso, Flávio continua atuando nos bastidores, dialogando com o mundo político e discutindo candidaturas, além de representar seu pai em eventos, como a recente posse de Wagner Rosário no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Durante o evento, Tarcísio fez questão de reconhecer a presença de Flávio, ressaltando a importância do ex-presidente mesmo na sua ausência.

Nas redes sociais, Flávio expressou otimismo, afirmando que dias melhores estão por vir e reforçando que não desistirá do Brasil. Em uma videoconferência, ele reiterou que o pai será eleito novamente e que a luta contra a perseguição política continua.