A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, manifestou sua desaprovação em relação a alguns governadores de partidos de direita, que, segundo ela, fomentam divisões no país e apoiam discursos que podem levar a uma intervenção dos Estados Unidos na América Latina.

Durante sua declaração em uma rede social, Gleisi ressaltou que os governadores deveriam colaborar com o governo federal na busca de soluções que fortaleçam a segurança pública. Ela mencionou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18, a chamada PEC da Segurança Pública, apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso Nacional.

“Em vez de unirem forças para combater o crime organizado, como sugere a PEC da Segurança, os governadores da direita, liderados por Ronaldo Caiado, optam pela divisão política e querem trazer o Brasil para o foco do intervencionismo militar de Donald Trump”, afirmou a ministra.

Gleisi também criticou a postura do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que reside nos Estados Unidos desde março e é acusado de incentivar sanções comerciais contra o Brasil. “Eles não conseguem esconder sua intenção de entregar o país a interesses estrangeiros, como fez Eduardo Bolsonaro com as tarifas e a Lei Magnitsky”, disse.

A ministra enfatizou a importância da segurança pública, afirmando que o combate ao crime requer inteligência, planejamento e uma colaboração efetiva.

Em resposta às críticas, sete governadores anunciaram a criação do Consórcio da Paz, um projeto que visa integrar esforços na troca de informações de inteligência e apoio no combate ao crime organizado. O encontro ocorreu no Rio de Janeiro, com a presença dos governadores de Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás e a vice-governadora do Distrito Federal, além do governador de São Paulo, que participou remotamente.

Os governadores presentes elogiaram as ações policiais recentes, que resultaram em um número significativo de mortes e apreensões, mas também geraram caos na cidade. Para alguns, essa operação deve ser vista como um marco na segurança pública nacional.

A PEC 18, que busca centralizar as diretrizes da segurança pública sob a responsabilidade da União, foi criticada por esses governadores que alegam que a proposta retira a autonomia das polícias estaduais.