segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Líder do PT critica Hugo Motta e pede sua saída da presidência da Câmara

Lindbergh Farias aponta crime de responsabilidade por não cassar mandato de deputado condenado pelo STF

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Líder do PT critica Hugo Motta e pede sua saída da presidência da Câmara
Foto: Divulgação

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BRASÍLIA, DF - O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), fez duras críticas ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante sessão nesta terça-feira (9). Farias afirmou que Motta "está perdendo as condições de continuar" no cargo, especialmente por não ter decretado a perda de mandato do deputado delegado Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"É uma vergonha o que está acontecendo aqui. O senhor está abraçando definitivamente o projeto do golpismo", disparou o petista, que lidera a bancada do partido do presidente Lula na Câmara. A declaração veio em meio a um episódio conturbado, onde o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupou a mesa diretora em protesto contra a decisão de Motta de levar a cassação de seu mandato a votação.

A situação se intensificou quando a polícia legislativa foi acionada para retirar Braga da cadeira, que resistia à desocupação. Farias também criticou Motta por sua postura em relação aos bolsonaristas que ocuparam a mesma cadeira em agosto, os quais foram retirados apenas após negociações.

Além disso, Farias acusou Motta de poder enfrentar um crime de responsabilidade por desrespeitar a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a perda do mandato de Ramagem. O presidente da Câmara, por sua vez, optou por levar o caso a voto no plenário.

O líder petista ainda questionou a pauta da sessão, que incluía um projeto de redução de penas para condenados por atos golpistas. "O senhor, ao tentar votar este projeto, está definitivamente enterrando qualquer história vinculada à democracia", disse Farias.

Em resposta, Motta não se manifestou diretamente durante a sessão, mas utilizou suas redes sociais para afirmar que precisa "proteger a democracia do grito e da intimidação travestida de ato político". O presidente da Câmara enfatizou que o extremismo não tem lado e criticou aqueles que, segundo ele, agem contra o funcionamento das instituições.