Na última sexta-feira (12), em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou sobre a decisão do governo dos Estados Unidos de retirar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e sua esposa, Viviane, da lista de sancionados pela Lei Magnitsky. Lula afirmou que a aplicação da legislação era injusta e que a escolha do presidente americano, Donald Trump, de revogar as sanções é um avanço para o Brasil e para a democracia no país.

Durante um evento no SBT, Lula destacou: 'Hoje, Silvio Santos estaria completando 95 anos, e amanhã, Alexandre de Moraes faz 57. Quero presenteá-lo com o reconhecimento de que não era justo um presidente de outro país punir um ministro da Suprema Corte brasileira por estar atuando conforme a Constituição.'

O presidente expressou sua satisfação com a decisão e ressaltou que ainda há mais pessoas que precisam ser retiradas da lista. 'Não podemos aceitar que um presidente de um país tenha o direito de punir autoridades de outro país que exercem a democracia. Portanto, sua vitória, Alexandre de Moraes, é a vitória da democracia brasileira', completou.

A Lei Magnitsky impõe sanções a estrangeiros e Alexandre de Moraes foi incluído na lista em julho deste ano.

Mais cedo, Moraes também comentou sobre a decisão dos EUA, afirmando que 'a verdade prevaleceu' e que essa é uma vitória do Judiciário brasileiro, da soberania nacional e, acima de tudo, da democracia.

Lula participou da cerimônia de inauguração do canal SBT News, que será lançado na próxima segunda-feira (15), coincidindo com o aniversário post mortem de Silvio Santos, fundador da emissora.

No evento, o presidente também falou sobre a relevância de uma imprensa livre para a democracia: 'Um jornalista não existe para julgar. O papel do jornalista é informar com verdade. E digo isso com muito orgulho, pois completei 80 anos no dia 27 de outubro e nunca pedi para que não publicassem matérias contra o governo. A imprensa é vital quando é livre e não partidária', concluiu.