segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Michelle Bolsonaro se opõe a apoio a Ciro Gomes e revela racha na direita cearense

Ex-primeira-dama defende união em torno de Eduardo Girão, contrariando aliados bolsonaristas.

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Michelle Bolsonaro se opõe a apoio a Ciro Gomes e revela racha na direita cearense
Foto: Divulgação

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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) manifestou sua desaprovação em relação às negociações do PL para apoiar a candidatura de Ciro Gomes (PSDB) no Ceará, o que gerou desconforto entre os líderes bolsonaristas do estado e revelou divisões na base do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No último domingo (30), Michelle esteve em Fortaleza para o lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo) ao governo do Ceará, que tem como principal adversário o atual governador Elmano de Freitas (PT), que busca a reeleição no próximo ano.

Durante seu discurso, Michelle considerou a aproximação com Ciro Gomes precipitada e clamou por uma união em torno de Girão. A ex-primeira-dama criticou os líderes locais do PL, como o deputado federal André Fernandes e o deputado estadual Carmelo Neto, afirmando: "Tenho orgulho de vocês, mas fazer aliança com o homem que é contra o maior líder da direita, isso não dá. Nós vamos nos levantar e trabalhar para eleger o Girão. Essa aliança vocês se precipitaram em fazer".

André Fernandes, após o evento, contestou a posição de Michelle, alegando que o acordo com Ciro teve a aprovação de Jair Bolsonaro, que atualmente cumpre pena de 27 anos. Ele mencionou uma reunião com o ex-presidente em 29 de maio, onde Bolsonaro teria sinalizado apoio a Ciro.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, criticou a atitude de Michelle, chamando-a de autoritária e constrangedora. "Michelle atropelou o próprio presidente Bolsonaro, que havia autorizado o movimento do deputado André Fernandes no Ceará", declarou.

Os irmãos de Flávio, Eduardo e Carlos, também apoiaram a crítica à ex-primeira-dama, enfatizando a importância de respeitar a liderança de Jair Bolsonaro. Eduardo ressaltou que a posição foi definida pelo pai e que André não deveria ser criticado por seguir essa orientação.

As articulações para um possível apoio do PL a Ciro Gomes começaram em maio, quando o ex-ministro se reuniu com deputados estaduais de oposição. Desde então, Ciro tem trabalhado para consolidar uma aliança entre os partidos de oposição, incluindo o PL.