O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu revogar todas as autorizações de visitas que haviam sido concedidas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto ele estava em prisão domiciliar. A medida foi tomada após a prisão preventiva de Bolsonaro, ocorrida na manhã deste sábado, 22, em Brasília, em razão do risco de fuga.

As visitas canceladas incluem aquelas dos governadores Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. Também estava prevista a visita do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP-SP).

Agora, qualquer visita ao ex-presidente, que ficará detido na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, deverá ser autorizada por Moraes. As únicas exceções são as visitas de seus advogados e da equipe médica responsável por seu tratamento.

A prisão preventiva de Jair Bolsonaro foi determinada por Moraes, que justificou a decisão com base no risco de fuga para embaixadas e a possibilidade de violação da tornozeleira eletrônica. O ex-presidente aguarda o resultado do processo relacionado a uma suposta trama golpista, que pode resultar em uma pena de 27 anos.