BRASÍLIA, DF - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (15) que a Polícia Federal realize uma perícia médica no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O prazo estabelecido para essa avaliação é de 15 dias.

Na decisão, Moraes destacou que no momento da prisão de Bolsonaro, em 22 de novembro de 2025, foi realizado um exame médico-legal e não foram encontradas evidências que indicassem a necessidade de uma cirurgia imediata. O ministro também afirmou que, desde a detenção, não houve relatos de problemas médicos emergenciais envolvendo o ex-presidente.

A defesa de Bolsonaro, no entanto, argumenta que o estado de saúde do ex-presidente é delicado e que ele enfrenta confusão mental, o que levou a uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. Assim, os advogados solicitaram autorização para que ele possa deixar a Superintendência da Polícia Federal para realizar novos procedimentos de saúde.

De acordo com os defensores, Bolsonaro precisa passar por uma cirurgia para tratar um quadro persistente de soluços, que é uma consequência de cirurgias anteriores, além de uma piora no diagnóstico de hérnia inguinal unilateral, que também requer intervenção cirúrgica. Relatórios médicos anexados ao pedido indicam que essas cirurgias exigiriam internação de 5 a 7 dias.

Os advogados ressaltaram que a documentação recente mostra uma deterioração significativa na saúde do ex-presidente, que já necessitava de cuidados médicos.