Silas Malafaia critica Flávio Bolsonaro e recomenda desistência da candidatura à Presidência
Pastor destaca a falta de articulação política do senador e a necessidade de alianças para uma vitória eleitoral.

São Paulo, SP (Aparecida News) - O pastor Silas Malafaia afirmou que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não possui a capacidade necessária para concorrer à Presidência da República em 2026 e sugeriu que ele deveria desistir da corrida eleitoral. Malafaia, um dos principais aliados evangélicos de Jair Bolsonaro, ressaltou que a estratégia política adotada pelo filho do ex-presidente ignora a importância de formar alianças que vão além das divisões ideológicas, algo que, segundo ele, é crucial no sistema político brasileiro.
Em entrevista ao portal Metrópoles, Malafaia propôs uma chapa liderada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como vice. Para o pastor, Tarcísio tem conseguido transitar pelo centro político, o que Flávio não tem conseguido.
“Todo radicalismo, seja de direita ou de esquerda, age por paixão, como torcedores de futebol. Não se faz política com paixão, mas com estratégia. Nem a direita nem a esquerda ganham uma eleição sem o apoio do centro”, destacou Malafaia. O pastor argumentou que Tarcísio é uma figura política que se afasta do extremismo e que o ex-presidente só teve sucesso no governo por conta das alianças com o centro.
Malafaia também mencionou a pesquisa Genial/Quaest, que revelou que 62% dos entrevistados rejeitam uma chapa liderada por Flávio. “Com esse número, ele não tem chances de vencer a eleição, pois precisa do centro ao seu lado”, afirmou.
O pastor criticou a forma como a candidatura foi anunciada, questionando a falta de consulta ao partido e à fragilidade emocional de Jair Bolsonaro, que está encarcerado. “A articulação foi feita de forma improvisada, sem qualquer estratégia política. Isso pode beneficiar a esquerda nas eleições”, alertou Malafaia.
Ele também enfatizou que possui legitimidade para criticar a situação, dado seu histórico de apoio a Jair Bolsonaro, e pediu respeito às suas opiniões, afirmando que não é um crítico oportunista.