segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Tensão no Senado: Rejeição a Jorge Messias pode causar crise política

Senadores alertam para os riscos de um impasse e clamam por intervenção de Lula para reverter situação

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Tensão no Senado: Rejeição a Jorge Messias pode causar crise política
Foto: Divulgação

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BRASÍLIA, DF - A escolha do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Lula (PT) gerou um clima de apreensão no Senado. A possibilidade de rejeição ao nome de Messias, considerado bem relacionado no meio político, pode desencadear uma crise sem precedentes, uma vez que a última vez que o Senado barrou uma indicação para o STF foi no final do século 19.

Senadores expressam preocupação de que uma rejeição a Messias possa resultar em prejuízos significativos para todos os envolvidos. Para evitar essa situação, aliados do governo acreditam que Lula deve buscar um entendimento com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), visando salvar a indicação.

Alcolumbre, que preferia Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga, manifestou publicamente seu descontentamento com a escolha de Messias, o que deteriorou a relação com Lula, que sempre teve o Senado como um apoio no Legislativo. Nos bastidores, a disposição de Alcolumbre em barrar a indicação tem feito com que senadores que apoiam Messias adotem uma postura mais cautelosa.

Um aliado de Alcolumbre comentou que a postura do senador expôs um conflito com o governo, desrespeitando as prerrogativas presidenciais ao se opor à indicação. Enquanto isso, aliados de Lula avaliam que o presidente poderá negociar cargos menores como a presidência do Cade e da ANA, que estão disponíveis em breve.

No entanto, a análise entre os assessores de Alcolumbre é de que o problema vai além das indicações, exigindo uma reestruturação da articulação política do governo. Senadores têm reclamado da falta de compromisso do PT em discutir projetos relevantes.

Messias, que está tentando conquistar apoio, se encontrou com o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da indicação, na última quinta-feira (27). Weverton, próximo a Alcolumbre, se comprometeu a amenizar a tensão e facilitar o diálogo com outros senadores. Messias, que precisa de 41 votos para ser aprovado, se apressa para conquistar apoio antes da sabatina marcada para 10 de dezembro na Comissão de Constituição e Justiça.