Hugo Motta analisa relação com governo e responde críticas de Arthur Lira
Presidente da Câmara afirma que diálogo com Executivo se estabilizou e prevê mais comunicação em 2026.

BRASÍLIA, DF - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta sexta-feira (19) que a relação com o governo Lula (PT) apresenta altos e baixos, mas está "estabilizada". Motta ressaltou que a pauta econômica foi aprovada e que mantém um diálogo respeitoso com o presidente e seus representantes, como a ministra Gleisi Hoffmann e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
"Como em todas as relações, existem altos e baixos, o que é natural, visto que cada Poder possui sua independência e dinâmica própria. Não está na Constituição que um Poder deve concordar com o outro em todos os pontos", afirmou Motta a jornalistas.
A relação entre o governo e a gestão de Motta enfrentou desafios, incluindo a rejeição do decreto do IOF e a escolha de um aliado do governador de São Paulo como relator de um projeto importante. No entanto, Motta acredita que a relação terminará o ano "estabilizada e com a perspectiva de mais diálogo" em 2026.
Ele também comentou sobre a mudança de postura da Câmara em relação a propostas fiscais, ressaltando que o debate tornou-se "mais maduro". A recente troca do ministro do Turismo, com a entrada de Gustavo Feliciano, pode beneficiar a governabilidade, segundo Motta.
Além disso, Motta se posicionou contra as críticas feitas pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, que descreveu sua gestão como "esculhambação" em um grupo de WhatsApp. Motta reafirmou sua amizade e respeito por Lira, mas destacou que cada um tem seu estilo e forma de agir.
Por fim, o presidente da Câmara enfatizou a importância do diálogo institucional com o Judiciário e defendeu que o STF deve ordenar investigações contra parlamentares, ressaltando que a Câmara não tem a função de proteger comportamentos inadequados.